Neste âmbito, um dos obstáculos assinalados pela advogada Alexandra Valente foi a “pouca profissionalização” dos administradores de insolvência nos processos que envolvem empresas mais pequenas, onde vê o maior número de reestruturações, embora abaixo das previsões iniciais. “Houve ecos de que a atividade das reestruturações e insolvências ia aumentar exponencialmente... Não temos visto isso no escritório. Há resiliência da nossa economia”, garantiu a sócia da SRS Legal. “Não aconteceu com a dimensão de 2011-2012”, declarou, no painel intitulado “Desafios da Reestruturação das Empresas”. A advogada - para quem a legislação sobre esta matéria está adequada, depois das alterações de 2022 - argumenta que o apoio da banca ao tecido empresarial tem conseguido evitar o aumento significativo das insolvências em Portugal, mas alerta que este auxílio pode funcionar “como um penso rápido”. “Os balões de oxigénio não podem ser um adiar dos problemas. É preciso pôr em prática a reorganização”, advertiu.