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"A ideia-chave para 2023 é procurar soluções de proximidade para enfrentar a aceleração que conhecemos recentemente em diversos domínios e encontrar soluções para a mesma. Em 2022, testemunhámos a queda de paradigmas e premissas estabelecidos, como desequilíbrios geopolíticos e geoeconómicos, a espiral bélica e a dissolução democrática através do demoliberalismo e da alienação digital. Temo que essa queda acelere a um ritmo semelhante a um determinado período do séc. XX, entre o final da década de 20 e o final da década de 30. Julgo que esta aceleração deve ser combatida com a antecipação inovadora e interpelativa, que deve assumir o risco de um desassossego permanente e da desconstrução de modelos que permitiram acomodação sem inquietude. Simultaneamente, devemos preparar-nos para acelerações e disrupções em temas como a demografia, energia, mudanças climáticas, distribuição de riqueza e saúde pública sem perder o foco no que realmente é relevante, as pessoas. Um plano nacional - como o PRR - pode(ria) ser um acelerador estrutural e funcional importante para enfrentarmos estes desafios, permitindo-nos unir esforços e trabalhar de forma coesa para encontrar soluções eficazes, sustentáveis, mensuráveis/tangíveis e duradouras. Em resumo, para enfrentarmos a aceleração em todos os domínios em 2023, precisamos ser inovadores, interpelativos, dispostos a arriscar o desconforto temporário para desconstruir modelos ultrapassados e encontrar soluções duradouras tendo sempre como pressuposto a proximidade que entre economias, povos e nações tem de ressaltar. Isso exige trabalho árduo, colaboração e compromissos entre fações opostas, mas pode ser a chave para nos conduzir a um futuro mais próspero e sustentável."