Frente-a-frente do JE Advisory sobre a Inteligência Artificial, entre António Jaime Martins, Sócio-fundador da ATMJ e José Luís Moreira da Silva, sócio da SRS Legal e Presidente da Associação das Sociedades de Advogados de Portugal.
Eis o testemunho de José Luís Moreira da Silva:
"É sobretudo uma grande oportunidade, embora não isenta de alguns riscos que devem ser devidamente controlados.
Uma enorme oportunidade, ao permitir tratar de trabalhos repetitivos e sem margem de inovação ou de criatividade de forma automática, permitindo poupar enormes custos para o cliente e ganhar eficiência. É o caso de trabalhos de Due Diligence, de traduções ou de preparação de contratos padronizados, normalmente muito consumidores de horas, que a IA pode realizar, com enormes vantagens e em ínfimo tempo.
Desde que devidamente parametrizados e trabalhados com pessoas com experiência na sua utilização, a IA fará estes trabalhos sem erros e com maior eficiência, permitindo que os advogados se possam dedicar a outras tarefas de maior valor acrescentado.
Algum risco sempre existe, dado estarmos a falar de ferramentas digitais, que dependem de uma boa parametrização e da utilização dos algoritmos e de técnicas de machine learning corretas. Mais do que tudo, importa que os utilizadores saibam como funciona e quais os limites do software em utilização, não querendo algo que a IA não faz. Outro risco é o de cibersegurança, considerando a possível utilização fora da rede e da sua possível apropriação de dados por terceiros não autorizados, o que exige investimentos em cibersegurança e na realização de auditorias de segurança periódicas.
Seja como for, é incontornável a sua cada vez maior utilização."