Mariana Caldeira de Sarávia, sócia do departamento de Laboral e coordenadora de Capital Humano da SRS Legal, baseando-se no contacto diário que o escritório tem com as empresas e com as respetivas áreas de Recursos Humanos, bem como alguns fóruns em que participam, acredita que a postura e abordagem das empresas em relação ao tema da inclusão de pessoas com deficiência é "muito variável".
A advogada garante que existem várias empresas com "enorme sensibilidade" ao tema e que já "cumpriam" este sistema mesmo antes de existir a lei, sendo que muitas delas "vão, atualmente, muito para além da quota e estão claramente preparadas para a inclusão de pessoas com deficiência".
A sócia da SRS relembrou ainda que existiam empresas que, com o aproximar do fim do período transitório, reagiram e procuraram cumprir com a quota. "Creio que estas empresas não estão ainda preparadas, mas antes em fase de aprendizagem do processo de inclusão de pessoas com deficiência", referiu. "Muitas haverá que não se preocuparam sequer com o tema; admito, contudo, que essa "aparente indiferença" possa estar associada à dimensão do nosso tecido empresarial, muitas das empresas incluídas neste grupo não terão, atualmente, 100 trabalhadores, nem perspetivam ter, em 2024, 75 trabalhadores", acrescentou.