«"A mesma questão colocou-se há mais de uma década a propósito da crise financeira e, em especial, da crise das dívidas soberanas. Assistiu-se num primeiro momento a um esmorecer da ambição quanto a novas metas, mas não houve retrocesso quanto a objetivos estabelecidos, nem abrandamento da velocidade, diz Carlos Costa Pina, sócio da sociedade de advogados SRS Legal em declarações ao Jornal Económico. "Passada a crise, a ambição reafirmou-se com um ímpeto ainda maior. Acredito que o mesmo sucederá no atual contexto, até por serem áreas, talvez únicas, de afirmação da liderança da Europa no mundo”, acrescenta.
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“O novo contexto político não elimina a ameaça existencial das alterações climáticas, nem a necessidade de defesa da autonomia estratégica da Europa em matéria energética. Acredito, por isso, que nestes dois domínios não teremos retrocesso, nem abrandamento”, insiste Costa Pina.
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“Ainda que passem a ser outras as prioridades primeiras, as segundas não serão necessariamente subalternas. Apenas obrigarão a um esforço de compatibilização”, finaliza o sócio da SRS Legal.»